quinta-feira, 15 de maio de 2014

Após prejuízo alto, GOL não quer mais crescer


A Gol apresentou seus resultados trimestrais nesta quarta-feira e desapontou os analistas. A companhia teve prejuízo trimestral de 96 milhões de reais, valor 28% maior que o do mesmo período de 2013.Em entrevista ao site EXAME.com, Eduardo Masson, diretor financeiro de Relações com Investidores da Gol, explicou os resultados da aérea. Confira os principais trechos a seguir:

- A que se deve este prejuízo de 96 milhões de reais?

Eduardo Masson: Ele se deve, principalmente, ao fato de que reconhecemos perdas com a desvalorização cambial da Venezuela. Tínhamos um caixa de 350 milhões de bolívares no país e, com a desvalorização da moeda, passamos para 275 milhões.

- Mas qual a importância da Venezuela para a Gol?

Masson: Temos 16 frequências semanas para a Venezuela, o equivalente a cerca de 2% de todos os nossos voos. Além dos voos para o país, ainda o usamos como escala para o Caribe, então é um bom hub para nós. Todo o caixa que temos lá foi feito lá, a partir de compras locais de passagens, e as margens são boas. O problema é que temos dificuldades para tirar o dinheiro de lá ou para gastá-lo.

- O senhor disse que grande parte do prejuízo vem da Venezuela. Mas e o restante?

Masson: O prejuízo na Venezuela responde por cerca de 75 milhões de reais. Os outros 21 referem-se, principalmente, ao head de juros, que permaneceu baixo.

- A participação de mercado da Gol em 2013 permaneceu estável, enquanto que as aéreas menores, como Azul e Avianca, cresceram. Há intenção de crescer em 2014?

Masson: Não. Nosso objetivo no momento é  garantir a rentabilidade da companhia com o que temos agora.

Nenhum comentário: