sexta-feira, 20 de junho de 2014

Convenção do PMDB hoje pode lançar Requião ou apoiar Richa


É hoje a decisiva convenção estadual do PMDB que pode mudar os rumos da disputa pelo Palácio Iguaçu em outubro, quando os cerca de 700 delegados do partido decidirão o futuro da sigla na eleição estadual. Tudo pode acontecer na convenção. Publicamente, cada grupo diz ter certeza que conta com os votos necessários para que sua proposta seja a vencedora. Mas, nos bastidores, admitem que a resposta definitiva só sai na convenção. O PMDB está dividido entre lançar candidato próprio – o senador Roberto Requião ou o ex-governador Orlando Pessuti – ou engrossar a lista de partidos que apoia a reeleição do atual governador Beto Richa (PSDB). Se se aliar aos tucanos, o PMDB entra na chapa com lugar de destaque, pois vai indicar o nome do candidato a vice-governador. “Caso seja aprovada a coligação, quem indica o vice é o PMDB. O grupo que nos apoia já está ciente disso. Não queremos interferir sobre quem pode ser, só preferimos que o PMDB esteja com o Beto Richa”, diz o deputado estadual Valdir Rossoni, presidente do PSDB no Paraná. Dentre os peemedebistas, são cotados para ocupar a vaga de vice de Richa o deputado estadual Caíto Quintana, o deputado federal e presidente do PMDB no estado, Osmar Serraglio, e Orlando Pessuti. O grupo de Requião aposta na oratória do senador. “Nós vamos exigir que haja uma plenária. Nós sabemos que o discurso do Requião pode animar os delegados”, diz o deputado federal João Arruda, aliado de Requião. “Os ventos sopram a nossa favor. A vontade de ter candidato do PMDB é muito forte”, afirma Arruda. “Mas sabemos que o outro grupo tem a mesma impressão com relação ao que eles defendem.” Um dos principais articuladores da aliança com Richa, o deputado estadual Luiz Cláudio Romanelli acredita que “uma boa maioria” dos delegados deve apoiar a coligação com o PSDB. “É uma decisão importante, na medida que o PMDB elegerá o dobro de deputados coligando do que em uma chapa pura”, diz. Segundo Romanelli, além do vice, o PMDB terá uma “participação programática” no caso de uma eventual vitória de Richa. éSeja qual for o resultado, as marcas da disputa devem marcar a legenda durante toda a eleição. Diariamente, Requião tem criticado nas redes sociais o que chama de “adesistas” do PMDB. Romanelli, por outro lado, diz que Requião “mudou para pior” nos últimos anos e critica o senador pela falta de “capacidade de diálogo” e por seu “projeto personalista”. “Não consigo reconhecer nesse novo Requião aquele que foi meu companheiro de caminhada política por mais de 30 anos.”

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