sexta-feira, 15 de abril de 2016

Executiva do PP fecha posição favorável ao impeachment de Dilma Rousseff


A executiva nacional do PP fechou questão nesta sexta-feira (15/04) a favor da abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff depois de um racha na bancada da Câmara, que esta semana já tinha adotado a mesma posição. A decisão foi adotada em uma reunião na sede da presidência do partido, no Senado, com a presença do presidente da legenda, senador Ciro Nogueira (PI), e da maioria da bancada na Câmara, que tem 46 deputados. Com a decisão, os deputados que desobedecerem a orientação podem ser punidos até com a expulsão do partido. Mas eventual punição será decidida caso a caso. A mesma decisão já tinha sido anunciada pela bancada do partido na Câmara na terça-feira (11). Segundo o líder do PP, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), o que precipitou a decisão da executiva do partido, hoje, foi a exibição de um vídeo em que um deputado declara voto contra o impeachment. No vídeo exibido na reunião, o primeiro vice-presidente da Câmara, deputado Waldir Maranhão (MA), declara que vai votar contra o pedido de abertura de processo com outros onze deputados do PP – o que totaliza 12 votos contrários ao impeachment. “Estamos irmanados com mais onze deputados e fechamos questão: vamos defender nossa presidente”, disse Maranhão em vídeo divulgado pela internet. “Uma parcela daqueles que estava na reunião (do dia 13), no dia seguinte, indicou ministro do governo”, disse o líder Aguinaldo Ribeiro. De acordo com o deputado Simão Sessim (RJ), que também estava presente, a decisão foi por aclamação, mas não foi unânime. O vice-governador da Bahia, João Leão, também participou da reunião e, segundo Sessim, defendeu o voto contra o pedido de abertura de processo por crime de responsabilidade. Ele é aliado do PT na Bahia, governada pelo petista Rui Costa. João Leão não quis comentar o resultado. Outro deputado, Jerônimo Goergen (RS), defendeu punição para quem não seguir a orientação do partido. “Não podemos aceitar esse balcão de negócios do governo Dilma”, disse.

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