quinta-feira, 28 de abril de 2016

Temer diz abrir mão da reeleição em 2018


Em entrevista nesta quinta-­feira ao SBT, o vice-­presidente Michel Temer afirmou que, caso assuma a Presidência com o impeachment da presidente Dilma Rousseff, abrirá mão de uma eventual reeleição. Segundo ele, isso lhe dará mais liberdade de ação durante o período em que permanecer à frente do governo. Ontem, Temer deu mais um passo na montagem do possível Ministério ao convidar o tucano José Serra para a pasta das Relações Exteriores, como informou o blog de Jorge Bastos Moreno. " Sem dúvida alguma (apoiaria o fim da reeleição). Até porque isso me daria maior liberdade para a ação governamental se eu vier a ocupar o governo", disse Temer ao SBT. Nos dois encontros que teve nos últimos dias com os líderes do PSDB, Cássio Cunha Lima e Antônio Imbassahy, e com Aécio Neves, Temer já tomara a iniciativa de tranquilizar os tucanos sobre sua disposição de não disputar a reeleição em 2018. Nas conversas, se discutiu que poderia partir de Temer a iniciativa de encaminhar ao Congresso uma PEC para acabar com a reeleição, valendo para 2018, para distensionar a convivência com partidos que tem projetos de disputar a presidência   daqui a dois anos e meio. Mas ele ainda não decidiu se irá propô­la. Em São Paulo, o presidente do PSDB, Aécio Neves, admitiu que a opção de Temer por não se candidatar em 2018 facilitará as alianças no eventual governo do peemedebista: " Ele tem dito que não tem como objetivo novo mandato. Se me perguntar se isso (reeleição) é pré­-condição diria que não. Mas se perguntar se estimula que outras forças políticas se juntem a ele, eu diria que sim. É algo natural. Não é imposição (do PSDB)." Na entrevista ao SBT, Temer afirmou que seu objetivo é recuperar a economia do país e encerrar os conflitos: " Ficaria felicíssimo se ao final de um eventual governo, eu conseguisse colocar o país na rota do crescimento, conseguisse pacificar, não podemos mais ter essa coisa de brasileiros contrabrasileiros, se eu conseguisse dar uma certa harmonia à sociedade, que o Brasil voltasse a ser um país alegre". Na entrevista ao SBT, Temer disse que sua principal preocupação, caso assuma a Presidência, será adotar medidas econômicas para que o Brasil volte a crescer e para reduzir o desemprego. No Palácio do Jaburu, Temer admitiu que sente um grande peso com a possibilidade de assumir o poder porque há pouco tempo para formar esse eventual governo e montar a estratégia. Temer disse crer, no entanto, que poderá contar com o apoio do Congresso para levar à frente as medidas que julgar  necessárias para alavancar a economia. "A principal preocupação é a geração de empregos. Todo e qualquer plano econômico, seja meu ou de quem estiver no poder, deve buscar a abertura de vagas para emprego. Essa é a primeira providência a ser tomada" disse. Segundo o vice, que voltou a pregar a pacificação nacional, a mensagem que deve ser passada à população é de otimismo. "Não fale em crise. Trabalhe ou invista. Esta é a mensagem que eu penso que o Brasil precisa" finalizou Michel Temer.

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