segunda-feira, 18 de julho de 2016

Constellation: Lufthansa vai relançar voos comerciais com aeronave lendária


O Lockheed Constellation é um dos mais emblemáticos aviões alguma vez construído. Podemos mesmo arriscar em dizer que é uma das mais belas já projetada, afirmando também que, atualmente, o Constellation tem tantos ou mais fãs do que quando entrou em serviço no início dos anos 1940. Durante o seu tempo operacional, o Constellation sofreu um série de evoluções no projeto. Tudo começou com o L-049 Constellation em 1943, que entrou em serviço para as forças armadas americanas com à denominação de C-69, e terminou a sua era com a variante L-1949A em 1957. Dos 44 L-1649 construídos, incluindo o seu protótipo, apenas restam quatro aparelhos, dos quais nenhum está em condições de voar. Mas isso está prestes a mudar, graças ao projeto Lufthansa Super Star gGmbH (LSSG) lançado pela companhia aérea Lufthansa. Dona de dois exemplares, a Lufthansa adjudicou os  trabalhos de restauro aos mecânicos da Lufthansa Tecknik, uma subsidiária do Grupo Lufthansa. A equipe de mecânicos está trabalhando desde o inicio de 2009 no restauro de um dos seus L-1949 para colocá-lo a serviço da sua frota de aviões históricos. O Constellation L-1949A envolvido nos trabalhos de restauro, foi uma aeronave de registro N7316C batizada de ‘Star of the Tigris’ originalmente entregue a extinta Trans World Airlines (TWA) em 1957. De acordo com a LSSG, essa foi a aeronave em melhores condições técnicas em comparação com outras duas adquiridas pela Lufthansa Super Stars gGmbH em 2007.Desde que o Lockheed L-1949A se descolou para o hangar de restauração propositadamente construído em 2008, no estado norte-americano de Maine, o Lufthansa Super Star está passando por um intenso trabalho de restauração. Segundo a LSSG, nenhum rebite será esquecido e cada polegada quadrada de chapa vai ser inspecionada utilizando métodos altamente sofisticados. Ainda segundo a LSSG, 95 por cento da fuselagem e 85 porcento das asas serão substituídas por novos materiais estado-de-arte, acrescentando níveis de seguranças encontrados nos atuais aviões comerciais que eram desconhecidos na altura que o Super Star saiu da linha de montagem final da Lockheed em 1957. Um exemplo, vai ser a utilização da última geração de instrumentos de voo e sistemas de computador “glass cockpit”. Apesar de ainda não haver uma data prevista para o primeiro voo do Constellation L-1949A Super Star, a Lufthansa garante que, ao contrário dos outros projetos de restauração aviões civis vintage, o Lockheed L-1949A será certificado para o transporte de passageiros em altas altitudes, graças a sua cabine pressurizada. Mas a companhia garante que isso não vai ser uma tarefa fácil, e que todos envolvidos no projeto não estão poupando esforços para garantir que seus passageiros possam ter uma viagem segura, suave, confortável e fiável a bordo do Lufthansa Super Star. Apesar do ‘look’ dos anos de 1950, a cabine de passageiros da aeronave vintage vai oferecer os mais altos padrões de conforto do século 21 aos seus passageiros. O operador alemão afirma que os assentos serão feitos por medida, e todos a bordo poderão desfrutar de uma cozinha requintada preparada em estado-de-arte a bordo dos galleys. As famosas salas de estar utilizadas na década de 1950 a bordo do L-1949A, serão recriados por designs de cabines VIP da Luthansa Tecknic em elegantes “lounges” a bordo. uando o Lockheed Constellation Super Star entrou em serviço comercial em 1957, a era dos voos comerciais a jato estava prestes a começar nas rotas do Atlântico Norte. O L-1949A, assim, marcou, o fim dos lendários voos comerciais com aeronaves de pistão a hélice entre a Europa e América do Norte. No dia 4 de setembro de 1958, a Lufthansa anunciou o nascimento do serviço de primeira classe ‘senator’ na rota Alemanha e Nova Iorque. O serviço era exclusivamente  oferecido a bordo dos seus quatro carros-chefes Lockheed L-1949A na era dourada da aviação e esta, seria a maneira mais luxuosa de atravessar o Atlântico Norte a bordo de um avião. Os primeiros passageiros no voo de estreia puderam desfrutar de um nível de conforto e serviço de bordo nunca antes visto que contribuiu para a preciosa reputação de status e lendária do Super Star. Em adição, os assentos da primeira classe chamados de ‘Comforette’, uma sala de estar aguardava os passageiros para uma conversa, jogos de fantasia e até mesmo conversa de negócios. O conforto era a palavra de ordem. Além de assentos totalmente reclináveis havia também beliches que se desdobravam do teto para o passageiro descansar em voos noturnos. O Lufthansa Super Star tinha capacidade de transportar 32 passageiros, todos em primeira classe com serviço de bordo exclusivo.

No vídeo abaixo você pode conferir como eram os voos do Super Star em 1955:




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