sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Plano de privatizações de Temer inclui dois aeroportos do Paraná


O Aeroporto Internacional de Curitiba, Afonso Pena, que fica em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), está na lista dos dez terminais aéreos que serão privatizados pelo governo Michel Temer, no segundo semestre de 2017. A relação inclui ainda o aeroporto de Foz do Iguaçu, além de vários outros pelo país.A decisão do governo foi bem recebida pelo setor de turismo de Foz do Iguaçu, que vê a possibilidade de o terminal receber mais voos e retomar o crescimento no número de embarques e desembarques, prejudicado este ano pela crise econômica. No ano passado, mesmo já sob efeitos da crise, o aeroporto de Foz foi o que apresentou maior taxa de crescimento, de quase 10% em relação ao ano anterior. A intenção do governo é melhorar a situação da Infraero, que passaria a operar apenas aeroportos de médio porte. Os maiores serão concedidos à iniciativa privada e os pequenos seriam repassados às prefeituras, que também fariam concessões ao setor privado. O aeroporto de Foz do Iguaçu está entre os que representam um pequeno déficit para a administração da Infraero, o que também acontece com os aeroportos de Joinville e Recife, por exemplo. “A concessão é uma alternativa que sempre defendemos, desde que iniciamos os trabalhos de revisão do Plano Diretor do aeroporto até os projetos de engenharia para desenvolvimento do novo sistema de pistas. Se o setor público não tem os recursos necessários, o bom senso recomenda que nos seja permitido conceder a exploração para a iniciativa privada”, afirma o superintendente de Comunicação Social de Itaipu e vice-presidente do Fundo Iguaçu, Gilmar Piolla. Ele completa: “Nosso aeroporto reúne todas as condições de se tornar um Hub regional, uma porta de entrada e saída do Brasil pela Costa Oeste”. Com a concessão à iniciativa privada, poderão ser viabilizados os recursos para a implantação do novo Plano Diretor do Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu, que já obteve aval da própria Infraero, do Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego – Cindacta II e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Desenvolvido pelo Fundo Iguaçu, o plano prevê para o aeroporto três horizontes de expansão (2019, 2029 e 2030). Na primeira etapa, o aeroporto receberia uma nova pista de pouso e decolagem de 3 mil metros de extensão e 45 metros de largura (futuramente, será ampliada para 60 metros), paralela à atual, que será utilizada como taxiway. Os projetos da nova pista estão sendo finalizados por uma empresa contratada pelo Fundo Iguaçu. Nesta primeira etapa, ainda, o terminal seria ampliado para atender até 5 milhões de passageiros/ano, com a instalação de pontes de embarque e desembarque móveis (fingers) e um novo acesso viário. Na segunda fase do plano, entre 2020 e 2029, o aeroporto receberá entre 7 e 10 milhões de passageiros; e na terceira fase, para além de 2039, chamada de “esgotamento do sítio aeroportuário”, receberá 19 milhões de passageiros, quando necessitará de um alargamento da pista, de 45 para 60 metros. O Plano Diretor inclui anteprojetos para cada uma dessas fases. O Plano Diretor aprovado é composto de sete capítulos, acrescidos do relatório final e do relatório síntese e do anteprojeto do terminal de passageiros. Os capítulos incluem inventário da situação atual, projeção de demanda futura, estudo de alternativas viáveis, desenvolvimento e planejamento a partir da alternativa selecionada.

Nenhum comentário: