domingo, 2 de setembro de 2018

Frigorífico retoma operações em Apucarana, após acordo com órgão ambiental


Após ter a licença ambiental suspensa, o Frigorífico União, de Apucarana, que funciona na planta da "FRIGOBETO", retomou as atividades através de um acordo junto ao Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e Ministério Público (MP). Com investimentos na ordem de R$ 600 mil, a empresa afirma ter sanado os problemas no tratamento de efluentes e planeja retomar em breve o funcionamento da unidade em sua capacidade máxima. O frigorífico foi reaberto há pouco menos de dois meses, em regime parcial de funcionamento, após apresentar um projeto de tratamento de efluentes para IAP e MP. Os órgãos deram à empresa um prazo de quatro meses, terminando em novembro, para comprovar que o tratamento de efluentes está sendo realizado dentro dos parâmetros exigidos pela lei. Enquanto isso, o abate diário, que era de 400 bovinos, foi reduzido para cerca de 160.O médico veterinário Gustavo Henrique Sapatini é diretor do frigorífico e afirma que a empresa já conseguiu atingir a meta proposta pelo acordo. “Vamos nos reunir com os órgãos ambientais na segunda-feira (03/09) e apresentar os resultados. Estamos bastante animados, porque cumprimos com todas as exigências propostas e chegamos a resultados bem melhores do que os mínimos recomendados”, afirma. Com isso, a expectativa é de retomar o regime normal de abates antes do fim do prazo. Hoje, o frigorífico tem 126 funcionários contratados. Quando o número máximo de abates diários for retomado, o quadro de funcionários poderá ser ampliado para cerca de 300 trabalhadores.Gustavo explica que o projeto ambiental traçado pela empresa exigiu um investimento de R$ 600 mil para instalação e R$ 120 mil mensais para manutenção e compra de insumos. “Foi construído um sistema de tratamento muito semelhante ao de tratamento de esgoto da Sanepar, que funciona praticamente como uma segunda empresa dentro do frigorífico. O efluente tratado, praticamente água potável, não está sendo lançado no rio por enquanto, mas sim levado para outra empresa”. Coletas são realizadas quinzenalmente e enviadas para um laboratório credenciado. Um relatório mensal é elaborado e apresentado aos órgãos ambientais. Os níveis apresentados são de menos da metade do limite máximo exigido. O mau cheiro na região também foi eliminado, graças ao investimento em um sistema que libera substâncias no ar. Estas substâncias reagem com os gases liberados e eliminam o cheiro ruim.“ Abrimos um canal direto com a comunidade da região e estamos de portas abertas a eles. O frigorífico existe desde 1969 e a cidade foi crescendo neste tempo, chegando até os muros da empresa. Com isso, o mau cheiro se tornou um problema para os moradores e nós temos a consciência da nossa obrigação em manter o meio ambiente limpo”, aponta o diretor.

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