sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

Roberto Requião usa as redes sociais para confirmar pré-candidatura ao governo do Paraná

Reprodução Jornal Metroplex

Por Luiz Sodré para Metroplex - De Curitiba

O ex-governador do Paraná e ex-senador Roberto Requião (sem partido) anunciou no sábado (08/01) sua pré-candidatura ao governo do estado. Requião usou o Twitter para divulgar sua decisão. “Para corrigir os erros absurdos do atual governo, as tarifas elevadas de água e energia elétrica, os impostos que prejudicam nossas empresas e impedem a geração de empregos, lanço minha pré-candidatura ao governo do estado do Paraná!”, disse no Twitter. Em entrevista ao jornalista Leonardo Attuch da TV 247 Requião disse acreditar na vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na corrida presidencial, e embora discorde da política econômica adotada nos governos Lula I e Lula II, acredita que Lula poderia fazer, em um novo mandato, um governo voltado para o lado social, acolhendo os mais vulneráveis. Dizer como o Lula diz, que é importante dar comida aos brasileiros três vezes ao dia (café da manhã, almoço e jantar) é pouco,hoje em dia, segundo ele. "Os Srs. dos escravos davam comida à eles três vezes ao dia. Era “chicote, comida e trabalho”. Só comida não resolve mais”, disse. Requião disse ainda que o governador do  Paraná, Carlos Massa Ratinho Júnior, que será seu concorrente na disputa ao Palácio Iguaçu, está perdido. Criticou a gana por lucros implantada nas gestões da Copel e da Sanepar, que deixaram de atender aos interesses sociais, que ao invés de cobrar o justo por água e luz dos cidadãos paranaenses, miram um lucro exorbitante, penalizando a população. Segundo Requião, essas empresas estratégicas não podem ficar nas mãos do capital estrangeiro que tem como objetivo explorar o povo. "Não são empresas sociais, e sim empresas do mercado", disse. Distribuição de lucros fantásticas para acionistas que nem sabem onde fica o Paraná. Segundo Requião, em seu governo eram pagos 25% dos lucros aos acionistas e hoje são 60% dos lucros aos acionistas. Londres e Paris por exemplo estão reestatizando o sistema de distribuição de água e aqui é o contrário.  Um absurdo, segundo ele, que defende uma política progressista. Disse ainda não ter espaço na mídia paranaense e que o governo do Paraná pressiona, através da Secretaria de Comunicação, que os veículos de imprensa não deem espaço à ele, sob pena de corte de verbas publicitárias. Requião disse que se tiver espaço na mídia, o "Rato vai para a toca", e ele ganha a eleição. Segundo ele mais de 10 reuniões foram feitas Paraná afora, com o apoio de 8 partidos, com o PT à frente. Com esses encontros buscou elevar o nível de consciência da população paranaense com relação ao atual governo, que para ele é um fracasso, e procurar uma maior politização da população sem o engessamento partidário. Mas disse que até março estará em um partido político para disputar o Palácio Iguaçu. Disse ainda que se encontrou recentemente em almoço na capital paranaense com o ex-ministro José Dirceu para discutir política e que, naquela noite, Dirceu também se encontrou com o governador Ratinho Júnior. "Acho que o Zé Dirceu gosta de um queijo, e deve ter comido lá com o “Rato” um queijo grana padano ou um parmigiano reggiano. Eu não liguei para isso, mas a turma do PT aqui ficaram enfurecidos".  Já sobre a candidatura do ex-juiz Sergio Moro à presidência, Requião disse que Moro é um agente americano na prática, e que ele desistirá da candidatura em fevereiro ou março. Acabará optando por disputar uma vaga na Câmara ou no Senado para ter direito a prerrogativa de foro. Ou ainda acabará como “gerente do McDonalds nos Estados Unidos”, pois segundo Requião, Moro não tem conhecimento algum da economia pública e da estrutura política brasileira, e tem um desempenho pífio neste período de pré-candidaturas. Requião foi deputado estadual de 1983 a 1985, prefeito de Curitiba 1986 a 1989, secretário do  Desenvolvimento Urbano do Estado do Paraná 1989 a 1990, três vezes governador do Paraná de 1991 a 1994, de 2003 a 2006 e de 2007 a 2010. Também foi senador da República de 1995 a 2002 e de 2011 a 2019. Atualmente Requião está sem partido, o político deixou o MDB em julho de 2021. Em agosto do ano passado, o ex-presidente Lula (PT) convidou Requião para se filiar ao PT.


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