quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Presidência da TAM: Emprego de alto risco

De Tóquio - Quando assumiu a presidência da TAM, em novembro de 2007, o executivo David Barioni recebeu uma dura incumbência: trazer de volta a imagem de uma companhia inovadora e preocupada com a qualidade de atendimento ao cliente -- características que marcaram a gestão do comandante Rolim Amaro, fundador da empresa. Piloto de formação e um dos responsáveis pela meteórica ascensão da Gol, na qual ocupava a vice-presidência operacional antes de ir para a TAM, Barioni era tido no setor de aviação como a escolha mais óbvia para ocupar o posto. Durante quase dois anos ele seguiu a tarefa à risca. Passou a recepcionar os passageiros nos aeroportos, respondia pessoalmente às mensagens de clientes descontentes e, não raro, pilotava as aeronaves (ele guiou, dos Estados Unidos para o Brasil, um Boeing recém-adquirido pela TAM). Na manhã do dia 9 de outubro, porém, essa etapa do processo de "rolinização" da companhia foi abruptamente interrompida. Barioni saiu do comando da TAM sem dar explicações -- deixando a maior companhia aérea do país sem presidente pela terceira vez em oito anos (o posto foi assumido interinamente pelo vice-presidente financeiro, Líbano Barroso). "Ser presidente da TAM. virou emprego de alto risco", afirma um executivo próximo à companhia. "Ninguém fica lá por muito tempo." Procurados, TAM e Barioni não quiseram dar entrevista.

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