sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

França deve endurecer medidas contra terror


De Paris - Em resposta ao atentado ao jornal “Charlie Hebdo”, a França deve elevar os gastos em inteligência e discutir com aliados o endurecimento das medidas contra o terrorismo. Segundo o primeiro-ministro Manuel Valls, o país enfrenta uma grande ameaça, que deve durar de dois a três anos, e, por isso, deve reagir. Para ele, o principal foco deve ser impedir a ida de franceses para campos de batalha de grupos radicais islâmicos no Oriente Médio. “Há uma nova lei antiterrorismo que deve ser aprovada nas próximas semanas. Nós precisamos lutar contra essas idas ao exterior, essa radicalização na internet e destinar mais recursos aos nossos serviços de inteligência”. Para ele, os ataques a qualquer religião devem ser encarados como ataques à França e aos valores defendidos no país. “Nós começamos uma guerra contra o terrorismo, não contra o islã”. Antes da morte dos dois irmãos que teriam atiradores que invadiram o semanário, o presidente François Hollande disse que as medidas contra o terrorismo serão definidas “em nível europeu”. A reação deverá ser anunciada após uma reunião de ministros do Interior de 12 países do continente, incluindo Reino Unido, Espanha, Itália e Alemanha, neste domingo (11/01), em Paris. Também participarão do encontro o secretário de Justiça americano, Eric Holder, e os comissários da União Europeia para imigração e de combate ao terrorismo. Devido à presença americana e dos funcionários do bloco europeu, a expectativa é que seja anunciada uma nova ofensiva contra o terrorismo no Oriente Médio. Franceses, britânicos e americanos participam das operações contra o Estado Islâmico no Iraque e na Síria. Por outro lado, os países europeus devem anunciar o endurecimento na entrada de imigrantes, assim como aumentar o controle na saída e na volta dos europeus que formam as filas de grupos radicais islâmicos.

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