domingo, 11 de janeiro de 2015

Musa do cinema, atriz Anita Ekberg, de 'La Dolce Vita', morre aos 83 anos



A lendária sex symbol sueca dos anos 1960, Anita Ekberg, imortalizada por Federico Fellini no filme "La Dolce Vita" ou "A Doce Vida", um de meus filmes favoritos, morreu neste domingo em Roma, aos 83 anos, informou a imprensa local. A informação foi confirmada pela agência AFP. Segundo site do jornal "La Repubblica", a atriz morreu em uma clínica em Rocca di Papa, onde estava hospitalizada. A cena noturna com Marcello Mastroianni em "A Doce Vida" (1960), na Fontana di Trevi, em Roma, quando ela se banha com vestido de gala preto, é um dos momentos mais emblemáticos da história do cinema e lhe rendeu a alcunha de "deusa do sexo". Anita Ekberg começou a trabalhar como modelo e, em 1950, aos 20 anos, venceu o concurso de beleza de Malmö, cidade sueca onde nasceu. No ano seguinte, a beleza estonteante da garota lhe rendeu o título de Miss Suécia. No Miss Universo, ficou entre as seis finalistas, o que lhe garantia um contrato com a Universal Studios. Nos EUA, ela conheceu Howard Hughes, milionário produtor de filmes, que a convidou a trabalhar para ele, desde que ela mudasse de nome. Para Howard, 'Ekberg' era difícil de pronunciar. A futura atriz, no entanto, se recusou. A beleza física transformou Anita em uma espécie de pin-up em revistas masculinas nos primeiros anos nos Estados Unidos. Graças a uma turnê feita com o comediante Bob Hope, em substituição a outra famosa loira, Marilyn Monroe, Anita foi procurada por estúdios, chegando a contracenar com Jerry Lewis e Dean Martin em "Artistas e Modelos" (1955) e no drama, "Guerra e Paz", dessa vez na Europa. Em 1956, ganhou o Globo de Ouro de revelação por seu papel em "Rota Sangrenta" (1955). Foi distante de Hollywood que ela se tornaria uma musa do cinema e se eternizaria em cenas deslumbrantes de "A Doce Vida", vencedor da Palma de Ouro em Cannes, em 1960. O cineasta Federico Fellini convidou Anita para viver Sylvia, uma famosa atriz sueco-americana. perseguida por fotógrafos de notícias. Fora das telas, seus romances -- entre eles com Errol Flynn e Frank Sinatra -- também eram perseguidos pelos paparazzos, termo criado por Fellini no filme. Após o impacto de "A Doce Vida", Anita participou de outros filmes de Fellini, como o segmento que o italiano dirige em "Bocaccio 70", "Os Palhaços" e "Entrevista". Após a década de 70, se afastou um pouco da atuação. Nos últimos anos de vida, fez papéis em filmes e séries italianas.


 


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