quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

São Paulo: liberação de água é reduzida


Diante da seca, a União e o Estado de São Paulo decidiram reduzir novamente a liberação de água do sistema Cantareira para a Grande São Paulo e a região de Campinas (a 93 km de São Paulo). Segundo comunicado da ANA (Agência Nacional de Águas) e do Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica), a vazão máxima para o mês de janeiro será de 22,9 milhões de m³. Em dezembro de 2014, o limite era de 30 milhões de m³. Na prática, a medida representa mais dificuldade de abastecimento público e um desequilíbrio do nível de rios como o Piracicaba, Capivari e Jundiaí, responsáveis pelo abastecimento de municípios da região de Campinas. Isso porque a água tem de ser suficiente para o abastecimento das duas regiões. Só para se ter uma ideia, a vazão para as bacias do Piracicaba, Capivari e Jundiaí, onde está a região de Campinas, caiu de 3 m³/s para 2,5 m³/s neste mês — o restante será captado para a região metropolitana de São Paulo. De acordo com os órgãos, a situação só se altera se chover o suficiente. Ontem (quarta-feira), o volume do sistema Cantareira caiu para 5,5%. O calor que atinge a capital paulista e o interior do Estado aceleram a redução do volume. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que a represa Billings passa a ser o foco de atenção do governo para reduzir os impactos da maior crise de abastecimento que atinge a Grande São Paulo. Segundo ele, a represa poderá ajudar os Sistemas Guarapiranga e Alto Tietê, que têm tido seus níveis diminuídos drasticamente, desde que passaram a socorrer o Sistema Cantareira. Os dois sistemas registraram quedas ontem. Com a medida, a assessoria da Sanasa (empresa de água e esgoto de Campinas) informou que vai solicitar novamente à ANA e ao Daee a liberação de mais 2 m³/s para o rio Atibaia, a principal fonte de abastecimento público da cidade. Atualmente, de acordo com a assessoria, a captação da Sanasa é de 4,5 m³/s. O mínimo para levar água até a casa dos consumidores é 3,1 m³/s. Os 2 m³/s extras garantiriam uma qualidade melhor da água fornecida. As reduções na liberação de água do sistema Cantareira acontecem desde o ano passado, de acordo com o volume disponível, como forma de os governos garantirem água para as duas regiões.

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